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bahi1023

Poeminha Lunático

A marqueteira eco-patética disparou:

Velho gosmento e babão,

Chega de lero-lero, vá se catar!


Ele, atarantado, gerou catarse,

Ao respondeu de chofre:

Loira burra, você é cri-cri,

Matraca, fuzarca, matriarca.


Ela retorquiu, sem deixar por menos:

Mulato nativo atrevido,

Você vai acabar de muleta,

com tanta mutreta.


E foi assim que se transformou

Aquela arrebatadora paixão juvenil

Em lamentável confusão senil.


Essa foi só uma historinha

que acontece todo dia.

Penso que, diante de tanta aridez,

Nessa dura vida do dia a dia,

Temos sorte por termos poetas,

que são estetas, profetas e patetas.

E somos abençoados por ser

Poesia mania, agonia e alegria.

E somos agraciados por serem

Poemas gemas e alfazemas.


Quer saber qual é o presente?

O presente é o presente.

De repente, somente semente,

que não mente, apenas sente.


Rosa dos ventos,

Momentos, tormentos, lamentos,

Ilusões, desvarios, delírios,

Lógica abstrata, insensatez.


Percebi em um instante de lucidez:

Borboleta é flor que voa.

Sou filho legítimo das estrelas.

Agitado como xeique das Arábias.




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