A marqueteira eco-patética disparou:
Velho gosmento e babão,
Chega de lero-lero, vá se catar!
Ele, atarantado, gerou catarse,
Ao respondeu de chofre:
Loira burra, você é cri-cri,
Matraca, fuzarca, matriarca.
Ela retorquiu, sem deixar por menos:
Mulato nativo atrevido,
Você vai acabar de muleta,
com tanta mutreta.
E foi assim que se transformou
Aquela arrebatadora paixão juvenil
Em lamentável confusão senil.
Essa foi só uma historinha
que acontece todo dia.
Penso que, diante de tanta aridez,
Nessa dura vida do dia a dia,
Temos sorte por termos poetas,
que são estetas, profetas e patetas.
E somos abençoados por ser
Poesia mania, agonia e alegria.
E somos agraciados por serem
Poemas gemas e alfazemas.
Quer saber qual é o presente?
O presente é o presente.
De repente, somente semente,
que não mente, apenas sente.
Rosa dos ventos,
Momentos, tormentos, lamentos,
Ilusões, desvarios, delírios,
Lógica abstrata, insensatez.
Percebi em um instante de lucidez:
Borboleta é flor que voa.
Sou filho legítimo das estrelas.
Agitado como xeique das Arábias.
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