A moda do mundo é o medo. Sinto medo do mundo da moda. Medo da moda do mundo imundo.
Essa moda maluca me cutuca, Com sua catimba, me deu sinuca, E foi de bico. Explico:
Ela tá de butuca, tacape na mão. E futuca, que nem mutuca na cumbuca da tapioca.
Mas, o poeta… ora, O poeta só quer elogios… E não poucas boas loas.
Ele requer aplauso elevado, Abusivo, exorbitante, excessivamente alto.
Embora bicho do mato, Ensimesmado, Quase extinto espécime.
Regozija-se com peculiaridades sonoras, Como corpúsculo minúsculo, Ou espaçonave serelepe.
Pergolado de flores lápis-lazúli. Néctar de cacto verde musgo. Rinoceronte azul ao lusco-fusco.
Sentido para ele não faz sentido, Pelo menos não esse sentido Que o coração não sente.
E a moda do mundo Nada mais era Que mera quimera.
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